"Sem ter sido comunicado previamente sobre o custo ou sobre as regalias concedidas para seduzir os organizadores, o brasileiro começa a descobrir, de susto em susto, cartas escondidas por detrás do orgulho de sediar a Copa 2014. E elas não são de bom agouro. Pior: a menos de três anos do apito inicial, ninguém pode dizer ao certo o que de fato o governo brasileiro negociou para abrigar o torneio.
O decreto isentando a Fifa e seus fornecedores de todo e qualquer imposto por seis anos, uma “condição” para a realização do mundial no país, é parte disso. Mas até a presidente Dilma Rousseff assiná-lo, na semana passada, ninguém sabia desse pré-requisito que, aliás, por escolha, não constou da Lei Geral da Copa enviada ao Congresso.
É a primeira vez que se tem notícia de algo do tipo. Na lista da alíquota zero entra de tudo: transportes, combustíveis, alimentação e até supérfluos. Ou seja, o contribuinte vai pagar até o scotch e o caviar de Joseph Blatter e seus amigos vips brasileiros e estrangeiros.
Ao colocar a desoneração de impostos na cesta de sedução, o governo admite - e com todas as letras - que a pesada carga tributária inviabiliza investimentos no país, mesmo se tratando de eventos milionários como a Copa."
Por Mary Zaidan, postado originalmente aqui.
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