"O político tem que ter casco duro. Porque se cada político tremer a cada vez que alguém disser uma coisa errada dele, se ele não enfrentar a briga para provar que está certo, as pessoas vão saindo mesmo", diz Lula após receber título de doutor na Bahia.
Ele ainda completa com uma breve análise da queda em efeito dominó de ministros da Dilma: "Pelo que eu vi pela imprensa, o ministro Alfredo (Nascimento, dos Transportes) não foi a presidenta Dilma que tirou. Ela mandou Nascimento investigar (as denúncias na sua pasta). O ministro (Nelson) Jobim não saiu por corrupção, saiu por conta de outro problema. O ministro da Agricultura (Wagner Rossi), a presidenta Dilma defendeu publicamente ele, que depois renunciou. O ministro do Turismo teve um problema quando era deputado".
Diante desses comentários do ex-presidente, confesso que fico em cima do muro. De um lado, é óbvio que devemos condenar qualquer conivência com os atos de corrupção, tal qual o presidente Lula tantas vezes fazia quando era presidente. Por outro, vejo que os ministros não podem ser demitidos a cada nova matéria na imprensa que os coloque sob suspeição, sob pena de Dilma acabar sem ministro algum, até porque muitas vezes a imprensa falha, quando não inventa...
O certo seria achar um equilíbrio para isso, não fazer uma faxina conforme o ritmo da imprensa, mas também não ignorar as denúncias de corrupção, tarefa difícil. Tarefa de presidente da República.
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